sábado, 3 de outubro de 2009

Amor e Ódio

Estava a pensar um dia desses, sobre o amor e como ele pode, profundamente, mudar nossos rumos e nossas idéias, e, pensando nisso, não havia como não pensar também no ódio... O amor transforma nosso ser, sua luz nos incendeia e ilumina as mais profundas camadas de nossa alma. Nos ensina as virtudes e nos conduz à ardente caridade... Nos faz compreender os outros e suportar nossas dores... O amor sempre será a maior fonte da qual deve-se beber para manter-se sustentado em meio as dificuldades... Mas e o ódio...? Porque há tanto ódio...? Alguém já dizia que o ódio é um amor que gravemente adoeceu... Essa frase tem seu lado de verdade... Quando amamos muito alguém, tendemos a nos tornar possessivos... Ciumentos... Intolerantes para com os outros a respeito dos nossos afetos... Dai, nos deixamos levar em altos graus de egoísmo e não queremos saber o que importa para os outros e até mesmo para nosso ser amado... Aos poucos ficamos tão preocupados em perdê-los, que os confinamos em prisões invisíveis... E, em um sentido mais profundo da palavra, a perda, dilacera nossa alma fazendo-nos vítimas do desejo de vingança... É nesse ponto onde já não há mais espaço para o recolhimento da alma, e o acolhimento da sabedoria... Não queremos compreender a causa, tão poucos as consequencias de nossos atos... Só queremos destruir os culpados... E quando os culpados são as próprias pessoas amadas...?? O amor adoeceu gravemente... Se deixou levar pelos venenos da posse... Já deixou de ser amor há muito tempo... Tornou-se Orgulho nefasto, alimento de um ego terrível... As veses pensamos em como essas palavras são exageradas... Mas cada um de nós as vezes se deixa levar por esses venenos, nem que seja por algum tempo, ou algumas situações... Mas lembremos sempre de deixa-los livres... Quem ama cuida, quem ama liberta... Sigamos o exemplo de quem amou primeiro... De quem é o próprio amor...


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